terça-feira, 6 de janeiro de 2009


Se eu Morresse AmanhãSe eu morresse amanhã, viria ao menos Fechar meus olhos minha triste irmã; Minha mãe de saudades morreria Se eu morresse amanhã! Quanta glória pressinto em meu futuro! Que aurora de porvir e que manhã! Eu perdera chorando essas coroas Se eu morresse amanhã! Que sol! que céu azul! que doce n’alva Acorda a natureza mais louçã! Não me batera tanto amor no peito Se eu morresse amanhã! Mas essa dor da vida que devora A ânsia de glória, o dolorido afã... A dor no peito emudecera ao menos Se eu morresse amanhã!


Quando as luzes se apagam e a escuridão toma seu lugar, escorrem vultos que haviam permanecido imóveis enquanto a luz dominava o espaço. O frio invade a sala, olhos perseguem meus movimentos, Aproximam-se, tocam meus cabelos tão suave e friamente que sinto minha cabeça lampejar. Eles tentam invadir minha mente... apoderar-se dos meus sonhos, minhas paixões. São vampiros d'alma. Cercam-me... não posso escapar... Sinto que me seguram...não posso lutar! Não consigo lutar! Sinto frias correntes passando por meu corpo, entro em pânico...mas permaneço... em silêncio... Acorrentaram-me...estou presa... Imploro em prantos por ajuda, lágrimas amargas escorrem pelo meu rosto... Silêncio... Não posso mais suportar... estou aflita... Meu coração parece estar parando... minha alma está se perdendo... Ajudem-me! Estou morrendo!... Frio, medo... enfim alguém acende a luz. Aqueles vultos se foram, mas a sensação de frio permanece inundando meu espírito. E cada vez que a luz some e a escuridão reaparece, sinto aquelas negras presenças. Mas agora não é o medo que vem com o frio, são a sabedoria e a segurança que acompanham meus passos pela brisa congelada. Elas e aqueles vultos que me resgataram para um mundo escuro, sombrio que me acolheu, pois ele é meu único lar...

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