Quem procura boas atrações para ver na edição carioca do TIM Festival, não pode deixar o show do Instituto passar batido
Danilo Poveza
Não é a primeira vez que o coletivo de músicos e amigos vai se apresentar no TIM, mas como mudam sempre os participantes do grupo, a experiência de ver preenchidos os onze lugares da banda, interpretando o disco Racional, de Tim Maia, é sempre inesquecível.
Daniel Ganjaman é um dos que não deixa a formação do grupo. Ele foi quem fundou o Instituto, junto com Rica Amabis e Tejo Damasceno, mas é o único que sempre toca ao vivo com os outros convidados "voláteis".
Porque também dá conta do estúdio El Rocha, que mantém com seus irmãos e o pai, em Pinheiros, Daniel sempre esteve envolvido com música e com o nascimento de grupos importantes do hip-hop, que deram os primeiros passos dentro do estúdio Rocha.
Na sexta-feira (24), quando sobe ao palco da Marina da Gloria, Daniel fará outra vez o show-homenagem ao "síndico" Tim Maia, cantando as músicas da mítica e controversa fase Racional, aquelas que Tim gravou para exaltar a religião em que depositou fé durante a década de 70. Por telefone, o portal conversou com ele:
Você lembra quando tomou contato pela primeira vez com o disco Racional?Foi através de uma fita K7 que ganhei de um primo. Ele mostrou dizendo que eu ia gostar daquele material e, quando escutei, até desconfiei um pouco que fosse Tim Maia, porque era realmente diferente do que ele havia feito na maior parte da carreira... Mas tem elementos ali que não deixavam dúvida, rápido notei que era mesmo o Tim.
O disco, que ficou raro, é vendido pela internet hoje em dia. Já viu esses leilões por aí?Pois é, o álbum virou uma peça de colecionador, objeto de desejo, e existe agora até um exagero nos preços. Os álbuns, em si, eu nem tenho, mas não entraria nessa de pagar 300, 400 reais como vejo sendo vendido por aí... Compraria se pintasse uma oportunidade e um preço justo.
Você tem um envolvimento grande com a cena de hip-hop. Concordou com aquelas ações que aconteceram na Choque Cultural?O que houve na Choque Cultural foi mais uma deturpação de idéias. Antes, quando havia ocorrido a pichação na Belas Artes, fiquei curioso. Acho que, por ter levantado a discussão, teve algum valor, mas depois na Choque foi diferente. Foi mais um ato de gente com inveja por não ter características que qualificassem um espaço na galeria também.
Pelo seu estúdio já passaram trilhas de cinema, como a do Amarelo Manga... Tem filmes de que você gosta, mas reprova a trilha sonora?Na verdade, para Amarelo Manga produzi a trilha, mas não foi feita aqui pelo El Rocha. Ao contrário do que aconteceu, por exemplo, com O Invasor, do Beto Brant. Não tenho um nome pronto para dizer, mas com certeza tem obras que às vezes pecam na parte da trilha, que considero, mesmo, muito importante.
+ info
TIM Festival24/10 - Marina da Glória - à 1 hora.
Ingresso: R$ 40
www.myspace.com/instituto
Danilo Poveza
Não é a primeira vez que o coletivo de músicos e amigos vai se apresentar no TIM, mas como mudam sempre os participantes do grupo, a experiência de ver preenchidos os onze lugares da banda, interpretando o disco Racional, de Tim Maia, é sempre inesquecível.
Daniel Ganjaman é um dos que não deixa a formação do grupo. Ele foi quem fundou o Instituto, junto com Rica Amabis e Tejo Damasceno, mas é o único que sempre toca ao vivo com os outros convidados "voláteis".
Porque também dá conta do estúdio El Rocha, que mantém com seus irmãos e o pai, em Pinheiros, Daniel sempre esteve envolvido com música e com o nascimento de grupos importantes do hip-hop, que deram os primeiros passos dentro do estúdio Rocha.
Na sexta-feira (24), quando sobe ao palco da Marina da Gloria, Daniel fará outra vez o show-homenagem ao "síndico" Tim Maia, cantando as músicas da mítica e controversa fase Racional, aquelas que Tim gravou para exaltar a religião em que depositou fé durante a década de 70. Por telefone, o portal conversou com ele:
Você lembra quando tomou contato pela primeira vez com o disco Racional?Foi através de uma fita K7 que ganhei de um primo. Ele mostrou dizendo que eu ia gostar daquele material e, quando escutei, até desconfiei um pouco que fosse Tim Maia, porque era realmente diferente do que ele havia feito na maior parte da carreira... Mas tem elementos ali que não deixavam dúvida, rápido notei que era mesmo o Tim.
O disco, que ficou raro, é vendido pela internet hoje em dia. Já viu esses leilões por aí?Pois é, o álbum virou uma peça de colecionador, objeto de desejo, e existe agora até um exagero nos preços. Os álbuns, em si, eu nem tenho, mas não entraria nessa de pagar 300, 400 reais como vejo sendo vendido por aí... Compraria se pintasse uma oportunidade e um preço justo.
Você tem um envolvimento grande com a cena de hip-hop. Concordou com aquelas ações que aconteceram na Choque Cultural?O que houve na Choque Cultural foi mais uma deturpação de idéias. Antes, quando havia ocorrido a pichação na Belas Artes, fiquei curioso. Acho que, por ter levantado a discussão, teve algum valor, mas depois na Choque foi diferente. Foi mais um ato de gente com inveja por não ter características que qualificassem um espaço na galeria também.
Pelo seu estúdio já passaram trilhas de cinema, como a do Amarelo Manga... Tem filmes de que você gosta, mas reprova a trilha sonora?Na verdade, para Amarelo Manga produzi a trilha, mas não foi feita aqui pelo El Rocha. Ao contrário do que aconteceu, por exemplo, com O Invasor, do Beto Brant. Não tenho um nome pronto para dizer, mas com certeza tem obras que às vezes pecam na parte da trilha, que considero, mesmo, muito importante.
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TIM Festival24/10 - Marina da Glória - à 1 hora.
Ingresso: R$ 40
www.myspace.com/instituto
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