Pioneiros da onda discopunk que consagrou grupos como !!! e The Rapture, dupla composta por vocalista e baterista do VHS or Beta se apresenta como DJ no Häagen-Dazs Mix Music 2008
Eduardo Ribeiro
VHS or Beta está na ativa desde 97. Começou como uma tímida e barulhenta banda de punk rock. Nada demais. Depois de certo tempo batendo cabeça ao tentar emplacar o datado e disseminado formato dos três acordes, decidiram incorporar à sua música elementos daquilo que escutavam secretamente no perímetro de seus quartos: house, soul e Disco Music.
A nova música, amparada por paredes de teclados, vocoder, samples e bateria eletrônica, chamou atenção da cena local, atraindo cada vez mais pessoas às apresentações. Lançaram então o EP On & On em 2000. Em 2002, veio o full lenght Le Funk, por seu próprio selo, ON! Records. Night on Fire é o álbum mais bacana, lançado em 2004 pela Astralwerks.
Traz a banda em sua melhor fase dance/disco-punk. Na formação original do grupo de Louisville, Kentucky, estavam o baixista Mark Palgy e os guitarristas Zeke Buck e Craig Pfunder. Depois, as mudanças vieram com o baterista Mark Guidry. Com o lançamento de Le Funk, entrou na banda Chea Beckley, que ficou responsável pelos teclados e efeitos vindouros.
O guitarrista Zeke Buck deixou o VHS para formar o People Noise em 2006. Sem ele, o som ficou mais rock. Produzido por Brandon Mason, o último álbum, Bring on The Comets (2007; Astralwerks), está bastante solto, não de um jeito displicente, mas dramático e divertido - polido demais na produção, para alguns críticos, clínico para outros (viu só como não existe verdade absoluta?!).
Neste sábado (1), a faceta DJ do VHS or Beta, composta pela dupla Craig Pfunder e Mark Guidry, chega por aqui para tocar no Häagen-Dazs Mix Music 2008, em São Paulo, dividindo as pick-ups com The Glimmers, Uffie & Feadz e Youksek. Às vésperas do festival da grife premium de sorvetes, aproveitamos a vinda da dupla para conversar com Craig. Leia abaixo.
O VHS or Beta já está na ativa há mais de dez anos. E existem apenas dois álbuns lançados em todo esse período. Vocês passam muito tempo trabalhando nas músicas de cada disco?Na verdade nós temos dois trabalhos que foram lançados enquanto ainda formávamos nossa identidade, sobre os quais a maioria das pessoas não sabe nada a respeito. Esses discos cobriam a nossa fase inicial, cheia de influências punk, e mostra nossos interesses primeiros nos ritmos dance. Naquela época, fazia total sentido.
Desde 1997, as coisas mudaram radicalmente e rapidamente para a música, especialmente pro causa da internet e da tecnologia digital. Que mudanças vocês acham que foram pra melhor?Eu sinto que a tecnologia realmente ajudou alguns campos de quem faz música. Mas acho que é o primeiro instrumento de demolição da indústria. Desde a invenção do mp3 e da internet, as vendas têm caído a níveis drasticamente baixos. Temo pelo impacto que isso terá em longo prazo.
O VHS or Beta é uma banda política em algum aspecto? Há alguma mensagem escondida na letra de "Burn it All Down"? Existe, sim, um fluxo político por trás de "Burn it All Down". Não posso definir o que é porque acredito que o ouvinte é quem tem que perceber do que falamos. Não somos muito politizados como banda, por isso que eu quis que a mensagem fosse mais direta nessa música. Especialmente se considerarmos o estado atual da nossa nação. Foi estranho quando Zeke Buck, que fundou a banda com você, pulou fora?Sim, foi. A saída dele nos afetou, certamente. Teria sido impossível isso não acontecer. Mas não acho, porém, que isso afetou a nossa música. Talvez fosse menos volumosa na época dele. O cara deixou a banda há tanto tempo agora que nem penso mais nisso. Na verdade, somos muito mais felizes agora que ele não está mais no grupo.
Que artistas você recomenda pro leitor do Skol Beats?Caramba... Eu não sei... hmm... The Presets e Cut Copy são sensacionais. Mas estas vocês com certeza já conhecem. Esse novo mix do 2 Many DJs é destruidor!
Qual a impressão que você tem da música brasileira?Vocês são os inventores da bossa nova, certo? Quero dizer, João e Astrud Gilberto, essas coisas. Eu tenho um monte de coisas assim de que gosto bastante. Aquela banda CSS é do Brasil?
Vocês tocam os remixes de suas próprias músicas durante os DJ sets? O que estão planejando apresentar no Brasil este fim de semana?Algumas vezes tocamos nossos próprios mixes... Estou ansioso pra tocar no Brasil, acabamos de voltar de Los Angeles e achamos que nosso set atual está funcionando muito bem. Então, o jeito é aparecer lá pra conferir! House music na cabeça!
Confira o line-up completo do Häagen-Dazs Mix Music 22:30 - Diogo Accioly00:00 - Database01:00 - Emanuell Bassoleil x VJ 01:30 - Vhs or Beta03:00 - The Glimmers04:30 - Uffie & Feadz06:00 - Yuksek07:00 - Laico
Local: Vila dos IpêsEndereço: Av. Mofarrej, 1505 - Vila Leopoldina - São Paulo/SPHorário: 22hIdade Mínima: 18Faixa Etária: de 22 a 25
Ingressos: 3° Lote: R$ 120 Mulher; R$ 200 Homem4° Lote: R$ 150 Mulher; R$ 250 Homem
www.haagendazs.com.br/mixmusic
Eduardo Ribeiro
VHS or Beta está na ativa desde 97. Começou como uma tímida e barulhenta banda de punk rock. Nada demais. Depois de certo tempo batendo cabeça ao tentar emplacar o datado e disseminado formato dos três acordes, decidiram incorporar à sua música elementos daquilo que escutavam secretamente no perímetro de seus quartos: house, soul e Disco Music.
A nova música, amparada por paredes de teclados, vocoder, samples e bateria eletrônica, chamou atenção da cena local, atraindo cada vez mais pessoas às apresentações. Lançaram então o EP On & On em 2000. Em 2002, veio o full lenght Le Funk, por seu próprio selo, ON! Records. Night on Fire é o álbum mais bacana, lançado em 2004 pela Astralwerks.
Traz a banda em sua melhor fase dance/disco-punk. Na formação original do grupo de Louisville, Kentucky, estavam o baixista Mark Palgy e os guitarristas Zeke Buck e Craig Pfunder. Depois, as mudanças vieram com o baterista Mark Guidry. Com o lançamento de Le Funk, entrou na banda Chea Beckley, que ficou responsável pelos teclados e efeitos vindouros.
O guitarrista Zeke Buck deixou o VHS para formar o People Noise em 2006. Sem ele, o som ficou mais rock. Produzido por Brandon Mason, o último álbum, Bring on The Comets (2007; Astralwerks), está bastante solto, não de um jeito displicente, mas dramático e divertido - polido demais na produção, para alguns críticos, clínico para outros (viu só como não existe verdade absoluta?!).
Neste sábado (1), a faceta DJ do VHS or Beta, composta pela dupla Craig Pfunder e Mark Guidry, chega por aqui para tocar no Häagen-Dazs Mix Music 2008, em São Paulo, dividindo as pick-ups com The Glimmers, Uffie & Feadz e Youksek. Às vésperas do festival da grife premium de sorvetes, aproveitamos a vinda da dupla para conversar com Craig. Leia abaixo.
O VHS or Beta já está na ativa há mais de dez anos. E existem apenas dois álbuns lançados em todo esse período. Vocês passam muito tempo trabalhando nas músicas de cada disco?Na verdade nós temos dois trabalhos que foram lançados enquanto ainda formávamos nossa identidade, sobre os quais a maioria das pessoas não sabe nada a respeito. Esses discos cobriam a nossa fase inicial, cheia de influências punk, e mostra nossos interesses primeiros nos ritmos dance. Naquela época, fazia total sentido.
Desde 1997, as coisas mudaram radicalmente e rapidamente para a música, especialmente pro causa da internet e da tecnologia digital. Que mudanças vocês acham que foram pra melhor?Eu sinto que a tecnologia realmente ajudou alguns campos de quem faz música. Mas acho que é o primeiro instrumento de demolição da indústria. Desde a invenção do mp3 e da internet, as vendas têm caído a níveis drasticamente baixos. Temo pelo impacto que isso terá em longo prazo.
O VHS or Beta é uma banda política em algum aspecto? Há alguma mensagem escondida na letra de "Burn it All Down"? Existe, sim, um fluxo político por trás de "Burn it All Down". Não posso definir o que é porque acredito que o ouvinte é quem tem que perceber do que falamos. Não somos muito politizados como banda, por isso que eu quis que a mensagem fosse mais direta nessa música. Especialmente se considerarmos o estado atual da nossa nação. Foi estranho quando Zeke Buck, que fundou a banda com você, pulou fora?Sim, foi. A saída dele nos afetou, certamente. Teria sido impossível isso não acontecer. Mas não acho, porém, que isso afetou a nossa música. Talvez fosse menos volumosa na época dele. O cara deixou a banda há tanto tempo agora que nem penso mais nisso. Na verdade, somos muito mais felizes agora que ele não está mais no grupo.
Que artistas você recomenda pro leitor do Skol Beats?Caramba... Eu não sei... hmm... The Presets e Cut Copy são sensacionais. Mas estas vocês com certeza já conhecem. Esse novo mix do 2 Many DJs é destruidor!
Qual a impressão que você tem da música brasileira?Vocês são os inventores da bossa nova, certo? Quero dizer, João e Astrud Gilberto, essas coisas. Eu tenho um monte de coisas assim de que gosto bastante. Aquela banda CSS é do Brasil?
Vocês tocam os remixes de suas próprias músicas durante os DJ sets? O que estão planejando apresentar no Brasil este fim de semana?Algumas vezes tocamos nossos próprios mixes... Estou ansioso pra tocar no Brasil, acabamos de voltar de Los Angeles e achamos que nosso set atual está funcionando muito bem. Então, o jeito é aparecer lá pra conferir! House music na cabeça!
Confira o line-up completo do Häagen-Dazs Mix Music 22:30 - Diogo Accioly00:00 - Database01:00 - Emanuell Bassoleil x VJ 01:30 - Vhs or Beta03:00 - The Glimmers04:30 - Uffie & Feadz06:00 - Yuksek07:00 - Laico
Local: Vila dos IpêsEndereço: Av. Mofarrej, 1505 - Vila Leopoldina - São Paulo/SPHorário: 22hIdade Mínima: 18Faixa Etária: de 22 a 25
Ingressos: 3° Lote: R$ 120 Mulher; R$ 200 Homem4° Lote: R$ 150 Mulher; R$ 250 Homem
www.haagendazs.com.br/mixmusic
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