A estreante parceria dos produtores Rafael Noronha e Renato Dupre sai do estúdio com faixas que recheiam o live do projeto, que estréia dia 13 de dezembro, no Giv Club em Santos
Flavinha Campos
A dupla, que já fez remixes em conjunto com nomes internacionais como Glen Morisson e D-Nox & Beckers, finaliza o trabalho no estúdio produzindo um tech-house influenciado por outras vertentes do eletrônico. A obra assinada por Noronha & Dupre é empolgante e de qualidade, com linhas de baixo grooveadas e percussões marcantes.
O DJ e produtor Rafael Noronha já é bastante conhecido do cenário eletrônico nacional. Apresenta-se em diversas festas e clubs do país, além de ter conquistado importantes prêmios, como o de Melhor DJ do Brasil segundo a revista DJ Sound.
Noronha também apresenta um programa na rádio Energia 97, dentro do Clubtronic, e trabalha como manager artístico da Lo kik Records, recebendo e selecionando, mês a mês, faixas que serão sucesso nas pistas.
Já o produtor Renato Dupre é uma das promessas do eletrônico nacional. As tracks compostas por ele já integram sets de importantes DJs internacionais. Dupre foi convidado para assinar remixes para gente como Adam K, Gaz James e Anderson Noise. Recentemente, seu remix de "Jonny" foi eleito faixa do ano pelo próprio Noise no Top 100 da revista britânica DJ Mag.
Ao vivo, eles vão trabalhar com dois laptops sincronizados no software Ableton Live, além de dois teclados midi e uma mesa para mixagem, usando modulações harmônicas nas melodias de cada uma das faixas e adicionando outros efeitos. Até lá, saiba um pouco mais a respeito do projeto na entrevista a seguir.
Como é que vocês se conheceram? Como começaram a fazer músicas juntos?Dupre: Conheço o Rafael das festas e dos prêmios que ele já conquistou. Tivemos um contato maior ao fazermos a mesma faculdade de produção musical. Ele me convidou para fazer parte da Lo kik Records após se interessar por meu trabalho. Assim, lancei algumas músicas, e como nos conhecíamos bem, resolvemos fazer juntos o primeiro remix cedido para a gravadora, do produtor internacional de peso, o Glenn Morrison, a música "Red Cloud".
Noronha: Nós dois gostamos muito do trabalho e do resultado e resolvemos fazer outra faixa juntos. O trabalho fluiu muito bem novamente e, enquanto produzíamos nossa terceira faixa, surgiu a idéia de fazer esse projeto juntos. Desde estão estamos trabalhando em cima das faixas e os convites começaram a aparecer.
Por que vocês escolheram produzir tech-house? Dupre: Eu continuo firme e ativo no psytrance, dando continuidade a um trabalho que já havia começado há muito tempo, que é o Exotik. A música é que nem estações, de tempo em tempo muda, e sempre devemos nos adaptar a elas. Sou muito eclético. Gosto de techno, tech-house, rock e até jazz. Mas nós escolhemos o tech-house, pois era o estilo de som que mais nos empolgava quando ouvíamos e queríamos dar o nosso toque nele, marcando o estilo com nossas características.
Noronha: Apesar de nossas produções serem mais voltadas ao tech-house, carregamos fortes influências de techno e até mesmo deep-house. Procuramos não seguir um só estilo. Fazemos o que estamos afim no momento, e às vezes a música se adapta mais a um estilo do que a outro. Não seguimos um rótulo. Procuramos conciliar um groove que achamos que faria uma pista dançar, com grande ênfase na parte harmônica, usando em cada faixa uma escala diferenciada das convencionais. Estamos produzindo o que realmente nos faz a cabeça.
Cite alguns nomes de artistas que os influenciam no estúdio.Dupre: Existem vários, de inúmeras vertentes. Acho que podemos adquirir muita técnica, conhecimento e inspiração bebendo em diferentes estilos musicais, e isso abrange um leque de opções muito maior e menos restrito do que o mesmo clichê eletrônico muitas vezes aplicado nos estilos. Alguns artistas que me marcam são Dubfire, Format B, Adam K, Hernan Cattaneo, Tom Craft e Ramon Tapia, mas existem muitos outros além desses também... E entre os nacionais eu citaria o Gabe e o Daniel Marques, que são excelentes produtores.
Noronha: Não tenho nomes que diretamente me influenciam. Sempre é muito importante ouvir coisas novas, as novas tendências, mas acredito que o momento de produzir é uma progressão minha, do meu trabalho como DJ há oito anos, dos muitos anos dedicados à música eletrônica. Acredito que minhas influências venham de cada fase que já passei. Antes de ser DJ profissional de trance, já "brincava" de DJ de progressive-house e tech-house. Passei um tempo ouvindo muito trance europeu, isso antes da fase mais eletrônica instrumental, em que curtia Aphex Twin, Prodigy, Crystal Method e Chemical Brothers, e de sons mais harmônicos como New Order, Faithless e Moby.
Vocês estão pensando em fazer um álbum para este projeto? Tem algum lançamento por vir? Como está a produção no estúdio?Dupre: Com certeza, futuramente virá um álbum repleto de novidades, mas não temos data prevista ainda, só posso afirmar com certeza que sairá ano que vem. Também virão um monte de outros lançamentos. A produção está firme e forte, sempre. Tanto que, em estúdio, quase finalizamos uma track nova por semana, o que mostra que o negócio está andando sem parar!
Noronha: É verdade, a produção está acelerada. Já temos até algumas apresentações para dezembro e janeiro, então estamos trabalhando forte em estúdio. Em novembro lançamos a faixa "Sunrise at Night" na compilação Selected Vol 5 da Lo kik Records. Em janeiro sai o remix da "Left Behind" para os alemães D-Nox & Beckers, também pela Lo kik. E já em fevereiro é a vez do remix da faixa "Emergency", do Anderson Noise. Também estamos em negociação com selos estrangeiros interessados em novas faixas, como Pool Party e Coquetel Place. Tem muita novidade por vir.
Vocês gostam mais de tocar em grandes festas? Ou preferem um público mais intimista?Dupre: Acho que a energia do público grande é muito boa, porém em algumas privates que toquei no Paraná, com 300 pessoas, também me deram uma resposta ótima na pista. Claro, dá um frio na barriga tocar para 55 mil pessoas, mas faz parte.
Noronha: Gosto dos dois. Não há nada como tocar em grandes festas, onde a energia do público é algo impressionante. E, por outro lado, nada é mais gratificante do que se apresentar para um público menor, mais acostumado com a música, e aberto a novidades, que simplesmente aceita e dança o set inteiro.
Vocês fizeram o curso de DJ da Anhembi Morumbi, como é que foi esse curso? E como foi que a universidade os influenciou como produtores? Noronha: Eu já produzia antes do curso, e resolvi fazer por me sentir limitado em estúdio. O curso com certeza me acrescentou muito como produtor. Indico para todos! Além de ter feito grandes amizades.
Dupre: Eu também aprendi a tocar e a produzir sozinho. Nunca fiz curso de Cubas ou Logic. Foi tudo na raça. Claro, me aperfeiçoei depois de entrar na faculdade. Terminei agora o curso de produção musical, mas basicamente aprendi tudo sozinho. Quando você gosta de alguma coisa, você fuça, vai atrás... E é assim que é.
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www.myspace.com/lokikrecords
www.givclub.com.br
Flavinha Campos
A dupla, que já fez remixes em conjunto com nomes internacionais como Glen Morisson e D-Nox & Beckers, finaliza o trabalho no estúdio produzindo um tech-house influenciado por outras vertentes do eletrônico. A obra assinada por Noronha & Dupre é empolgante e de qualidade, com linhas de baixo grooveadas e percussões marcantes.
O DJ e produtor Rafael Noronha já é bastante conhecido do cenário eletrônico nacional. Apresenta-se em diversas festas e clubs do país, além de ter conquistado importantes prêmios, como o de Melhor DJ do Brasil segundo a revista DJ Sound.
Noronha também apresenta um programa na rádio Energia 97, dentro do Clubtronic, e trabalha como manager artístico da Lo kik Records, recebendo e selecionando, mês a mês, faixas que serão sucesso nas pistas.
Já o produtor Renato Dupre é uma das promessas do eletrônico nacional. As tracks compostas por ele já integram sets de importantes DJs internacionais. Dupre foi convidado para assinar remixes para gente como Adam K, Gaz James e Anderson Noise. Recentemente, seu remix de "Jonny" foi eleito faixa do ano pelo próprio Noise no Top 100 da revista britânica DJ Mag.
Ao vivo, eles vão trabalhar com dois laptops sincronizados no software Ableton Live, além de dois teclados midi e uma mesa para mixagem, usando modulações harmônicas nas melodias de cada uma das faixas e adicionando outros efeitos. Até lá, saiba um pouco mais a respeito do projeto na entrevista a seguir.
Como é que vocês se conheceram? Como começaram a fazer músicas juntos?Dupre: Conheço o Rafael das festas e dos prêmios que ele já conquistou. Tivemos um contato maior ao fazermos a mesma faculdade de produção musical. Ele me convidou para fazer parte da Lo kik Records após se interessar por meu trabalho. Assim, lancei algumas músicas, e como nos conhecíamos bem, resolvemos fazer juntos o primeiro remix cedido para a gravadora, do produtor internacional de peso, o Glenn Morrison, a música "Red Cloud".
Noronha: Nós dois gostamos muito do trabalho e do resultado e resolvemos fazer outra faixa juntos. O trabalho fluiu muito bem novamente e, enquanto produzíamos nossa terceira faixa, surgiu a idéia de fazer esse projeto juntos. Desde estão estamos trabalhando em cima das faixas e os convites começaram a aparecer.
Por que vocês escolheram produzir tech-house? Dupre: Eu continuo firme e ativo no psytrance, dando continuidade a um trabalho que já havia começado há muito tempo, que é o Exotik. A música é que nem estações, de tempo em tempo muda, e sempre devemos nos adaptar a elas. Sou muito eclético. Gosto de techno, tech-house, rock e até jazz. Mas nós escolhemos o tech-house, pois era o estilo de som que mais nos empolgava quando ouvíamos e queríamos dar o nosso toque nele, marcando o estilo com nossas características.
Noronha: Apesar de nossas produções serem mais voltadas ao tech-house, carregamos fortes influências de techno e até mesmo deep-house. Procuramos não seguir um só estilo. Fazemos o que estamos afim no momento, e às vezes a música se adapta mais a um estilo do que a outro. Não seguimos um rótulo. Procuramos conciliar um groove que achamos que faria uma pista dançar, com grande ênfase na parte harmônica, usando em cada faixa uma escala diferenciada das convencionais. Estamos produzindo o que realmente nos faz a cabeça.
Cite alguns nomes de artistas que os influenciam no estúdio.Dupre: Existem vários, de inúmeras vertentes. Acho que podemos adquirir muita técnica, conhecimento e inspiração bebendo em diferentes estilos musicais, e isso abrange um leque de opções muito maior e menos restrito do que o mesmo clichê eletrônico muitas vezes aplicado nos estilos. Alguns artistas que me marcam são Dubfire, Format B, Adam K, Hernan Cattaneo, Tom Craft e Ramon Tapia, mas existem muitos outros além desses também... E entre os nacionais eu citaria o Gabe e o Daniel Marques, que são excelentes produtores.
Noronha: Não tenho nomes que diretamente me influenciam. Sempre é muito importante ouvir coisas novas, as novas tendências, mas acredito que o momento de produzir é uma progressão minha, do meu trabalho como DJ há oito anos, dos muitos anos dedicados à música eletrônica. Acredito que minhas influências venham de cada fase que já passei. Antes de ser DJ profissional de trance, já "brincava" de DJ de progressive-house e tech-house. Passei um tempo ouvindo muito trance europeu, isso antes da fase mais eletrônica instrumental, em que curtia Aphex Twin, Prodigy, Crystal Method e Chemical Brothers, e de sons mais harmônicos como New Order, Faithless e Moby.
Vocês estão pensando em fazer um álbum para este projeto? Tem algum lançamento por vir? Como está a produção no estúdio?Dupre: Com certeza, futuramente virá um álbum repleto de novidades, mas não temos data prevista ainda, só posso afirmar com certeza que sairá ano que vem. Também virão um monte de outros lançamentos. A produção está firme e forte, sempre. Tanto que, em estúdio, quase finalizamos uma track nova por semana, o que mostra que o negócio está andando sem parar!
Noronha: É verdade, a produção está acelerada. Já temos até algumas apresentações para dezembro e janeiro, então estamos trabalhando forte em estúdio. Em novembro lançamos a faixa "Sunrise at Night" na compilação Selected Vol 5 da Lo kik Records. Em janeiro sai o remix da "Left Behind" para os alemães D-Nox & Beckers, também pela Lo kik. E já em fevereiro é a vez do remix da faixa "Emergency", do Anderson Noise. Também estamos em negociação com selos estrangeiros interessados em novas faixas, como Pool Party e Coquetel Place. Tem muita novidade por vir.
Vocês gostam mais de tocar em grandes festas? Ou preferem um público mais intimista?Dupre: Acho que a energia do público grande é muito boa, porém em algumas privates que toquei no Paraná, com 300 pessoas, também me deram uma resposta ótima na pista. Claro, dá um frio na barriga tocar para 55 mil pessoas, mas faz parte.
Noronha: Gosto dos dois. Não há nada como tocar em grandes festas, onde a energia do público é algo impressionante. E, por outro lado, nada é mais gratificante do que se apresentar para um público menor, mais acostumado com a música, e aberto a novidades, que simplesmente aceita e dança o set inteiro.
Vocês fizeram o curso de DJ da Anhembi Morumbi, como é que foi esse curso? E como foi que a universidade os influenciou como produtores? Noronha: Eu já produzia antes do curso, e resolvi fazer por me sentir limitado em estúdio. O curso com certeza me acrescentou muito como produtor. Indico para todos! Além de ter feito grandes amizades.
Dupre: Eu também aprendi a tocar e a produzir sozinho. Nunca fiz curso de Cubas ou Logic. Foi tudo na raça. Claro, me aperfeiçoei depois de entrar na faculdade. Terminei agora o curso de produção musical, mas basicamente aprendi tudo sozinho. Quando você gosta de alguma coisa, você fuça, vai atrás... E é assim que é.
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